segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

e, VIVA O SAMBA!



Nossa homenagem
..."O samba surgiu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira. O samba é tocado com instrumentos de percussão (tambores, surdos timbau) e acompanhados por violão e cavaquinho. Geralmente, as letras de sambas contam a vida e o cotidiano de quem mora nas cidades, com destaque para as populações pobres. O termo samba é de origem africana e tem seu significado ligado às danças típicas tribais do continente. As raízes do samba foram fincadas em solo brasileiro na época do Brasil Colonial, com a chegada da mão-de-obra escrava em nosso país. O primeiro samba gravado no Brasil foi  Pelo Telefone, no ano de 1917, cantado por Bahiano. A letra deste samba foi escrita por Mauro de Almeida  e Donga. Tempos depois, o samba toma as ruas e espalha-se pelos carnavais do Brasil..."


Falando da nossa terra "ITATIBA" encontramos no texto escrito por Joaquim Beno de Campos - "Nho Quim Bueno" -  várias citações sobre sambas e sambadores que, com certeza, influenciaram o samba que se faz aqui hoje:

"... No dia 14, no local já se achavam armadas inúmeras barracas para a venda de salgados, doces, bebidas, café, etc., dentre essas a do Manoel José Batista Badaró, que confeccionava os deliciosos “Bifes Badaró”; a de Izabel Doceira, negra africana, perita em quitutes e doces. Viam-se também muitas barracas de jogos de azar - roleta, buzo, carimbo e estrada de ferro, jogos esses preferidos, porque naqueles tempos não existia o atual jogo do bicho, tão apreciado pelos que querem ganhar dinheiro facilmente e saem perdendo sempre... Nas fazendas cafeeiras do município ainda existia muita gente, apreciadora das congadas e sambas. Para tomar parte na festa, já se achavam no bairro dos Pereiras três grupos de congo - o de Itatiba, o de Conceição de Barra Mansa, atual Morungaba, chefiado por João de Lima, vulgo “João Generá”, crioulo da fazenda de Dona Ana Michelina Dutra e o dos Pereiras, chefiado por Fortunato, grupo este constituído somente de crioulos da fazenda do Comendador Lourenço Alves. Esses grupos de congos tinham os seus uniformes de cores e bem confeccionados; usavam nas suas exibições de congadas, espadas de metal. Dois grupos de sambadores lá estavam também - o do velho Sarapião, de Itatiba, e o do Chico dos Santos, de Barra Mansa. Chico dos Santos era baiano; foi em tempo, escravo de grande estimação de Manoel Joaquim de Araújo Campos. Muito trabalhador e honesto, esteve por vezes bem de vida, porém não deixou pecúlio devido insucessos em seus negócios. Curandeiro afamado, até os seus últimos dias de vida, atendeu seus clientes em Rocinha, onde faleceu no ano de 1935. Sambador entusiasta possuía um bumbo denominado “sete léguas” e, quando tomava parte de um samba era um diluiu, porque Chico dos Santos sabia, com grande animação, repicar o bumbo e cantar canções africanas, apropriadas para tais diversões..."
FONTE: REMINISCÊNCIA - A Capela de Nossa Senhora dos Remédios, do Bairro dos Pereiras - publicado no jornal “O Progresso”, de 20 de agosto de 1944, ano 51, nº 1315. 

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